Na tentativa de alavancar os seus negócios, empreendedores negros têm esbarrado na burocracia para ganhar investimentos e ter acesso ao crédito pelo sistema financeiro usual. A pesquisa Empreendedorismo Negro divulgada pelo Itaú Unibanco em fevereiro revela que a baixa familiaridade com finanças e o tempo escasso pra realização de cursos de geração são problemas comuns a micro e menores empreendedores em geral.
No caso dos negros, alguns obstáculos são particulares, como problemas maiores para se alcançar linha de crédito. 2.982, segundo o IBGE. O dono da produtora audiovisual Terra Preta Produções, Rodrigo Portela, é um retrato das portas fechadas ao nicho. Diante nesse assunto, organizações construídas por empreendedores negros investem no robustecimento do lugar de negócios para os afroempreendedores.
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É o caso do Afrohub, uma aceleradora montada pelos empreendimentos Feira Preta, Diáspora.Black, PretaHub e Afro Business, com o apoio do Facebook, e que desde junho de 2018 dá capacitação técnica e networking pra população negra que está empreendendo. Em um ano, o programa imediatamente acelerou 10 negócios, entre eles Makeda Cosméticos, Levinho Fit e Conta Pra Ela, e capacitou mais de 1.200 afroempreendedores em cinco Estados. Trezentos 1 mil, investimento fruto da parceria com o Facebook.
“Muitas vezes os negócios são voltados para identidade e cultura, e o responsável pelo aprovar o crédito financeiro não consegue ver potencialidade. O raciocínio é que o negócio podes não ter escala. Mas, na verdade, se a gente julgar a movimentação financeira da população negra, esse argumento cai por terra”, pontua a cofundadora e presidente da Afro Business, Fernanda Ribeiro. Foi na primeira turma do Afrohub que Rodrigo Portela viu a oportunidade de alavancar seu negócio.
“Eu fiz uma primeira tentativa de aceleração em 2016 no Sebrae e, das dezoito pessoas que tinham lá, eu era o único negro. Os conflitos que eu tinha eles não tinham. Enquanto todos podiam se ausentar do empreendimento por uma semana, eu não podia já que, apesar de ser o dono, ainda sou mão de obra”, conta ele. “Quando você é negro e da periferia, você não começa do zero.
Além do dinheiro da aceleração, fazer a ponte entre o empreendedor e potenciais compradores também está pela agenda. Para Maitê Lourenço, fundadora e CEO da BlackRocks, as soluções das lideranças negras precisam ter mais visibilidade pra proteger a alterar o paradigma. “Nós encaminhamos os empreendimentos em tal grau para serem fornecedores das grandes organizações como também para participar de alguma atividade. Já fizemos eventos na Oracle, pela Microsoft e no Facebook.
A ideia é levar essa população pra ocupar os espaços e começar a pertencer a eles também”, diz Maitê, que fundou a entidade em 2017 para socorrer a fomentar o ecossistema negro em volta dos focos de inovação e tecnologia. Agora, a empresa se prepara para desenvolver um fundo de investimento, com dinheiro que precisa vir de investidores e que precisa ser lançado no próximo ano. Além das entidades focadas no afroempreendedorismo, iniciativas voltadas pra negócios de embate social e nas periferias também têm peso no ecossistema, caso da Vale do Dendê e da Artemisia.
A holding baiana Vale do Dendê foi formada em 2016 pra entusiasmar projetos de inovação com assunto na economia criativa em Salvador – capital mais negra do País. Para fazer uma ponte com o capital financeiro, a aceleradora adaptou a metodologia aplicada por corporações do Vale do Silício (EUA). “A cultura de investimento anjo ainda é incipiente no Brasil e, na comunidade negra, é inexistente.